quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Tentativas de fraude contra consumidor batem recorde em 2013. Saiba como se proteger

RIO - A cada 14,5 segundos um consumidor brasileiro sofreu uma tentativa de fraude em 2013. No total, foram 2.204.158 tentativas de golpe conhecido como roubo de identidade, em que dados pessoais são roubados e usados por criminosos para firmar negócios sob falsidade ideológica ou para obter crédito com a intenção de não honrar os pagamentos, deixando a conta para a vítima do roubo, de acordo com o Indicador Serasa Experian de Tentativas de Fraudes – Consumidor. O resultado é recorde. Na comparação com 2012, quando foram registrados 2,1 milhões de tentativas de golpes, houve alta de 3,04%. Entre as principais ocorrências estão emissão de cartões de crédito, compra de eletrônicos, celulares e veículos sempre usando os dados da vítima, que acaba ficando com a conta para pagar.

 
— O roubo de identidade ocorre principalmente de duas formas: quando a pessoa perde documentos e golpistas têm acesso a ele ou estes dados são capturados pela internet, ao serem digitados em formulários de ofertas falsas de venda de produtos — alerta o economista do Serasa, Luiz Rabi.
 
Setor de telefonia é o mais visado
 
O setor de telefonia respondeu pelo maior número de registros em 2013 —foram 951.360, o equivalente a 43,16% do total de tentativas de fraude registradas no ano. Esse número representa uma alta de 26,98% em relação às tentativas de fraude registradas pelo setor em 2012. De acordo com Rabi, o setor é o mais visado por golpistas porque funciona com um passaporte para aplicação de golpes maiores:
 
— Se um fraudador consegue adquirir uma linha de pós-pago de uma operadora, a conta se torna um comprovante de residência, que pode ser usado por ele para abrir conta em banco, conseguir empréstimos e crédito. É claro, sempre deixando a conta para a vítima do golpe.
 
O setor de serviços — que inclui construtoras, imobiliárias, seguradoras e serviços em geral (como salões de beleza e agências de turismo) — vem logo em seguida, com 55.535 registros, o equivalente a 29,85% do total de tentativas de fraudes. Em relação a 2012, houve queda de 11,85%. O setor bancário é o terceiro do ranking, com 399.393 tentativas, 18,12% do geral. O setor registrou alta de 1,89% em relação a 2012. Já o segmento varejo teve 160.698 tentativas de golpe contra o consumidor, o que representa 7,29% das investidas contra o consumidor em 2013. O número é 24,27% menor do que o registrado em 2012.
 
Empresa pode ser responsabilizada
 
O consumidor que for vítima de roubo, perda ou extravio de documentos deve cadastrar a ocorrência na base de dados do Serasa, no site da entidade(www.serasaconsumidor.com.br), gratuitamente. Esta informação estará disponível na mesma hora para o mercado, o que pode evitar um golpe, pois quando o lojista consultar as informações sobre o cliente, vai verificar que existe alguma inconsistência com estes dados ou registro de roubo. O consumidor também deve registrar um boletim de ocorrência em delegacia de polícia.
 
— O número recorde de tentativas de fraudes mostra que os fraudadores estão cada vez mais tentando aplicar golpes. Cabe ao consumidor e aos lojistas se precaverem. O primeiro tomando cuidados para proteger seus dados e o segundo realizando consultas sobre as informações dos clientes antes de fechar negócios — diz o economista do Serasa.
 
Janaina Alvarenga, advogada da Associação de Proteção e Assistência aos Direitos da Cidadania e do Consumidor (Apadic), defende que o principal responsável pela garantia da segurança de uma transação comercial é a empresa. É ela que deve investir em tecnologia e capacitação de pessoal de forma a evitar fraudes contra o consumidor aconteçam.
 
— O consumidor deve guardar bem seus documentos e não fornecer dados a terceiros. Mas é a empresa quem deve aprimorar o atendimento de forma a não onerar o cliente lá na frente. Ela não pode falhar na prestação do serviço — ressalta Janaina.
 
De acordo com a advogada, qualquer prejuízo que o consumidor tiver em razão de transações feitas em seu nome por terceiros deverá ser arcado pela empresa que originou o vazamento dos dados, bem como por aquela que autorizou a transação.
 
O Indicador Serasa Experian de Tentativas de Fraudes – Consumidor é formado pela multiplicação da quantidade de CPFs consultados junto ao órgão de proteção ao crédito pela probabilidade de fraude. (Daiane Costa)

fonte:  O Globo

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

DÉBITO NÃO AUTORIZADO É PRINCIPAL QUEIXA CONTRA BANCOS

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

CAMPANHAS DE RECALL ATENDERAM 60% EM DEZ ANOS



Segundo a secretária nacional do Consumidor, Juliana Pereira da Silva, média ainda é muito baixa; segundo ela, o maior percentual de atendimento é para recall de veículos

Andreia Verdélio
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A Secretaria Nacional do Consumidor apresentou nesta quarta-feira 15 um balanço de dez anos de campanhas de recall no país, com uma média de 60% de atendimentos por campanha.
Segundo a secretária nacional do Consumidor, Juliana Pereira da Silva, em 2003, quando o Ministério da Justiça começou a registrar os procedimentos, houve 33 campanhas de recall. Em 2013, esse número subiu para 109.
"A maior articulação do sistema de fiscalização e monitoramento impôs uma mudança de postura das empresas, estimulando o chamamento e a diversidade de produtos a oferecerem o recall".
Para a secretária, o desafio é também de estimular os consumidores a atender o chamamento das empresas e realizar o atendimento. "Essa média de 60% é muito baixa. O consumidor leva em conta o valor agregado e a descartabilidade dos produtos, por isso o maior percentual de atendimento é para recall de veículos. Atendimento de 100% é minoria", disse Juliana.

Fonte: http://www.brasil247.com/pt/247/no_trombone/127032/Campanhas-de-recall-atenderam-60-em-dez-anos.htm